Em 2010 eu vi pela primeira vez o livro "O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias" do cineasta Tim Burton, eu e alguns amigos vivíamos explorando uma livraria que se encontrava em um shopping de João Pessoa (aos que moram na cidade, uma dica: ele fica no bairro de "Manaíra" e não, eu não estou ganhando patrocínio desse estabelecimento.)
Dentre as várias descobertas literárias encontradas na minha adolescência eis que esse pequenino livro amarelo foi uma das melhores! Sim, eu já era fã de Tim Burton desde que me entendia por gente. Na verdade, essa já é a terceira edição (brasileira) do livro (novembro/ 2010) lançado originalmente em 1997 que passou por duas reimpressões (2014/ 2016). Na época, eu sempre o via de relance na livraria porque queria comprar e apreciá-lo com a devida calma e respeito, porém, quando consegui a grana já não o achava mais, lembro que procurei, mas nada.
Sete anos depois eu achei o pequeno Menino Ostra e as outras histórias, ou eles me acharam me fazendo rir das ironias, do humor negro que é orquestrado magistralmente pelos poemas e ilustrações do cineasta, e me fazem ficar aflito pela realidade crua e realista na qual os seus personagens infantis são submetidos. Realidade essa que Tim mostra por serem desajustados, deslocados, excluídos, não convencionais ou simplesmente eles mesmos. Temas polêmicos são abordados de modo subconsciente nas aquarelas fazendo com que o impacto seja maior.
Burton usa de recursos metafóricos e fantasiosos para mostrar com um bom humor negro o que acontece na nossa realidade, muitas vezes cruel. A obra definitivamente é dúbia, sendo alegre e triste, constantemente tragicômica e o mais importante: Nos faz refletir.
"E como era noite de Halloween
O Menino Ostra se fantasiou de ser humano."
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